A Formação da Cultura de Segurança
As determinações que incidem sobre a saúde do trabalhador na contemporaneidade estão fundamentalmente relacionadas às novas modalidades de trabalho e aos processos mais dinâmicos de produção implementados pelas inovações tecnológicas e pelas atuais formas de organização do trabalho. As profundas transformações que vêm alterando a economia, a política e a cultura na sociedade por meio da reestruturação produtiva e do incremento da globalização, entre outros motivos, implicam também mudanças nas formas de gestão do trabalho que engendram a precariedade e a fragilidade das questões que envolvem a relação entre saúde e trabalho e as condições de vida dos trabalhadores.
Fator de risco é uma característica do trabalho que pode aumentar a possibilidade de acidentes ou agravos à saúde do trabalhador. Segundo o conceito de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), esses riscos podem ser definidos como aquelas situações de trabalho capazes de romper o equilíbrio físico, mental e social das pessoas. Ter uma cultura de prevenção tanto de doenças quanto de acidentes traz benefícios tanto para as empresas quanto para os trabalhadores.
Como você pode deduzir, uma cultura de segurança no trabalho deve ser implementada por todos os trabalhadores. Para a sua implementação, deve ser desenvolvido um processo lógico e faseado, baseado na melhoria contínua. O plano deve incluir uma política de segurança, a organização, as ações a serem aplicadas, a avaliação e o sistema de melhoria. Portanto, é o empregador quem deve assumir a liderança e o comprometimento para que essas ações sejam realizadas dentro da organização. Idealmente, cada organização deveria atribuir a responsabilidade pela segurança em uma determinada área ou pessoa.
A ação mais importante nas áreas de Saúde e Segurança é o treinamento de pessoal . Muitos trabalhadores desconhecem seus direitos ou medidas cautelares e de prevenção de acidentes. Esse desconhecimento é o que os leva a correr riscos e sofrer acidentes de leves a fatais.